quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

2014: um ano para avançar nas lutas sociais

Por Pablo Bandeira - militante do Levante Popular da Juventude


No ano que se passou percebe-se que as contradições geradas na sociedade, dentro da perspectiva de desenvolvimento do atual governo, de caráter “neodesenvolvimentista”, reforçam cada vez mais a tese de que o mesmo não está de fato comprometido com a resolução dos problemas concretos de nosso povo.

As reformas estruturais necessárias para que avancemos na construção de um Projeto Popular para o Brasil não estão na agenda deste governo, definida pelos acordos e concessões realizados entre forças progressistas e conservadoras. Um bom exemplo é a reforma agrária, que terminou 2013 com um número de desapropriações pior que o último governo militar.

As mobilizações de junho demonstraram uma insatisfação generalizada, principalmente da juventude que foi às ruas, com o atual sistema político. O grito “fora corrupção” revela uma revolta à forma como as coisas funcionam, reflexo essencial de um sistema onde os nossos representantes são aqueles que tem dinheiro para financiar suas campanhas.

Enquanto o poder econômico for determinante para eleição de nossas representações, continuaremos de fato, não representados por aqueles que ocupam os cargos nas câmaras, prefeituras e no congresso nacional. Para isso é preciso que a sociedade se mobilize em torno de uma reforma política profunda que garanta participação direta e popular.

Neste ano de 2013 os movimentos sociais organizados levaram à frente uma proposta que o governo não teve coragem de bancar: realizar um plebiscito sobre a reforma política. A pergunta será “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político?”. Só o povo mobilizado e consciente poderá dar a resposta. E a resposta será dada nas ruas.

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